segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ambições do impessoal


Encaixotam a música,
Feita de materiais cintilantes,
Em caleidoscópios mudos,
Feitos de imagens gritantes.

Ofuscam o seu olfacto
Dentro de frascos ingrenados
Exibindo em mil anseios
O cristal, que no limite os transparece

Ondas sonoras? Blindados pulsares?
Alimentam-se do impalpável que evapora
Dos mares que segregam as intimas voltagens
Dos miticos fumos brancos apessoados.

Sabe bem o ser de vez em quando...
Alto
Frágil
E dar ao que nunca aconteceu a tal chance...

Ser o que nada é, o que tudo quer ser,
Inventar uma cor, um som, um aroma,
Nada foi desvendado ainda
Na ténue e imensurável excitação vazia...

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