sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Confortavelmente perdido


Amar-te seria reduzir-te:
O amor é tão insignificante entre nós
Um esboço patético do que pode a emoção
Criar em tão porético espaço ou tempo
Dum nunca eterno beijo...

Até quando vais durar?
Nesta expectativa volátil,
Que de tanto te desejar
Me consome o receio de viver mais um dia?

A ânsia vertiginosa de ser quase tocado,
Pelo teu sopro a penetrar na minha boca
Que me faz arremessar o que sinto
E o universo torna-se em ti

E é aí que te respiro
Que te saboreio
Que te faço latejar de vida
Como se da morte te recompusesses...

E quando desperto o toque atinge-me
Como se balas a ferver me dilacerassem
Quando abro os olhos, tu desapareceste,
E o sonho ainda agora começou...

7 comentários:

Lígia Reyes disse...

Qual dos irmãos o escreveu?

http://pseudo-parafilias.blogspot.com/2009/08/confortavelmente-perdido.html

Alice atrás do Espelho disse...

Se ser perdido nesta tua realidade é sonhar assim, então que não acordes para a desconfortavel permanencia da realidade quotidiana...

Márcio Vandré disse...

Amar é entregar o corpo e a alma, para depois perder a cabeça.
É se deixar levar pelo vórtice, sem ter medo.
Amar é um mistério tão grande.
E muitas não tem cura.
Caem aos montes os que morrem por amor.

Bela divagação a sua.
Abraço.

Mário disse...

sem comentários, ó jerónimo.

Inês disse...

Confusamente brilhante,
Discretamente denunciador.

Gostei muito.

Janie disse...

Gosto. Gosto mesmo.

Anônimo disse...

Dos poucos que li, este foi o que mais gostei.

Tens muito jeito, acho que deves continuar...

Um dia destes com mais tempo faço um comentário melhor, prometo.