
Cenas desincrustadas do fim da vida
Emergem como bolhas no som que partilham,
Ao correr a água veloz, sem esforço,
Torna insignificante todo o tempo que passou...
E nos jactos de prazer, em filas de transeuntes admirados
Juntaram-se para espreitar, de ouvidos atentos,
A bela sonografia gravada, nos dias de visão ofuscada,
Nas horas em que a vida surgiu do som
que ainda
ninguém
ouvia!
Shiuuu
Shiuuuu
Shiuuuuu
O silêncio já foi frio...
E abundante da energia dos velhos seres não vivos,
Esses sobreviventes da catástrofe sem virtude, sem um Deus que os preze...
Agora que ouço tudo só quero relembrar o que meus ouvidos nunca puderam captar:
O som do princípio do Tudo!
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