quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Habitual desordem do Eu


Quase corredores a céu aberto,
Percorro os inebriantes caminhos
Com restos de vómito, lixo, sangue e droga
E não há um único som a acompanhar o meu passo.

Sigo pelo escuro...
Passos aproximam-se e o vulto chega perto! Toca-me...
O mundo de repente tornou-se tão pequeno,
Tão reconfortante...

O mais pequeno mal solta-se de mim
E todo o imaginário alguma vez colhido
Paira à volta com esperança de poder voltar
Que deste estado não me libertarei tão cedo...

E quando já nem penso nem acho
E a vida me tem como sua
Volta o tempo e o espaço a apoderar-se de mim
Como se objecto deles me tratasse...

A fulgurar a minha revolta
Dou por mim a existir
Quando me sentiria melhor a ser sem ter de escolher ser
Mas não quero ser...

E se do nada sou eu feito... Ao nada quero pertencer!

6 comentários:

Márcio Vandré disse...

A questão é que do nada viemos.
E ao nada voltaremos.
A vida é só um período de adaptação e reflexão para isso.
Um abraço.
Bom texto!

Anônimo disse...

tu és espetacular,apenas.

Inês disse...

Caro Bilhó:
A vida é um conjunto de condicionantes das quais apenas te podes libertar se dentro delas mesmas conseguires ser feliz. Não vale a pena lamentar-mo-nos com o que temos, há-que lutar por um mundo e vida melhores, para que tudo isto faça algum sentido. Não pares de sonhar...se o fizeres, esse vulto pode-te voltar a tocar, e serás então feliz.

Digo isto porque ultimamente tenho aprendido muito, as últimas semanas têm sido revolucionárias na minha vida.

Liberta-te, quer pela escrita, quer por outros meios, mas liberta-te e esbofeteia os preconceitos estúpidos desta sociedade! (Sem desrespeitar a lei, of course).

Anônimo disse...

Não há crescimento em semanas Inês, e o conhecimento e crescimento são processos graduais, portanto não podes de forma alguma dizer " semanas revolucionárias " e bla bla bla ..... Pensa

Bruno disse...

E cá está a Inês com uma objectividade acima da média ..... O problema é que és objectiva para ti mesma e só vês o teu mundo, que por sinal é um mundo um tanto ou quanto revoltado

Rui Miguel disse...

muito bom. Gostei...