terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Acorda-me


Da inexperiência à loucura
Por caminhos verdes se prolonga a estirpe
Há quem diga que os sonhos se revestem de nuvens
E a alma se mascara de demónio.

Quando os anjos perfuram os sonhos
E as grinaldas das histórias se empoleiram
Na mágica sucessão de cores vibrantes,
O ocaso vem de novo celebrar os caminhos cegos.

O medo espraia-se nos caminhantes luminosos do céu
Que salpicam o espaço de corpos assombrosos
Começa o estrelato a mover-se nas galáxias
Tão redundante quanto a espuma das marés envolventes.

Nisto chega o tempo, e tudo recomeça da forma mais suja
Tudo se faz num castigo, numa lei.
Até as metamorfoses são menos raras...
E o leito dos rios é mais pobre que duas pétalas queimadas.

Chamam de vida o que nos mata todos os dias
E eu só a sei celebrar quando me despeito
A corromper qualquer desses castigos,
Onde o menos óbvio prevalece ao sorriso de um novo amanhecer.

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