quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O sinesteta


Todos os dias nos confrontam sensações diferentes.
Nem que declarando guerra aos sentidos,
É possível reaver os sabores do ontem
Nem os dissabores do amanhã nos ocorrerão.

O que faz a procura no presente mais intensa,
Sedutora e realista. Plena de vida.
As irrecusáveis tentações esboçam-se em fumos
Que elevam os frutos à sua posição original.

As luzes sobem dos tectos ao céu
E a entropia querida dos arredores
Esgota-se nas cidades insaciáveis
Não só por meras sensações, por desilusões.

São doces os fumos deste sitio
Carnudos os tons do lugar e sangrentas as texturas!
Tudo ao som octodecadente.

Preferia estar a ouvir a agonia de qualquer alguém a nascer.

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